Ir ao conteúdo

25072025

Passarim pousou

O galho balangou

O vento sutil o tocou

O frio na barriga assustou

Ele sorriu

Sentiu a textura do galho, molhado

Crespo, enrugado

E gostou

Ouviu as folhas sussurrando

“Balança, passarim, balança

O chão está longe e o céu também”

Ele não se importou

Não deseja a segurança do chão

Tão pouco do céu a infinitude

Deseja sentir o mover do galho

Sua impermanência

A sensação gelada na barriga

E o sorriso aberto prazeroso

O piar majestoso

Subir e descer

O galho molhado e áspero

O vento sutil do ir e vir

Não quer ir, não agora

Quer ficar e só sentir

Até que o desejo de ir venha

E ele irá

Para sentir o novo

De novo

Passarim

Voou

Publicado emPoemas e Poesias

Seja o primeiro a comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *